domingo, 25 de dezembro de 2011
Manejo sustentável da Reserva Legal
Como lucrar com este componente da propriedade
25 de novembro de 2011
Com as expectativas aumentando acerca da votação do Código Florestal, principalmente no meio agrícola, muito se tem discutido sobre a finalidade e emprego da Reserva Legal na propriedade rural. Esta área de proteção ambiental é um PROBLEMA ou uma OPORTUNIDADE, no que diz respeito à lucratividade de um empreendimento agropecuário? O que poucas pessoas sabem é que na Reserva Legal é possível e viável explorar espécies arbóreas exóticas, como eucalipto, pínus, noz pecan e seringueira, assim como toda produtividade das espécies nativas, arbóreas e não arbóreas, como matéria-prima de grande potencial fitoterápico.
A implantação de espécies como eucalipto e pínus, dentro da Reserva Legal, poderá ser feita até o ano de 2018, sendo que sua exploração é passível até o final de seu ciclo. E porque não fazê-lo? Temos na região Norte do Paraná um dos maiores potenciais produtivos florestais do mundo, além disso, podemos explorar produtos de grande valor agregado e ótima remuneração. No mais, o uso da madeira de espécies exóticas evita a exploração de nossos recursos naturais, o que vai diretamente de encontro com a intenção conservacionista da reserva Legal.
De maneira simultânea, espécies nativas, arbóreas e não arbóreas, podem ter seu potencial fitoterápico explorado. Plantas medicinais como pata-de-vaca podem gerar renda de até R$15.000 por hectare em um ano, uma vez que suas folhas são usadas na fabricação de remédios para diabetes e cistite, sendo remunerado a R$7,50 o quilo de folha seca.
Pode-se também explorar espécies como a araucária, espinheira-santa, aroeira-pimenta, café-de-bugre e sabugueiro, que por exemplo, tem o quilo de baga desidratada remunerado em um valor médio de €40,00. Além, espécies nativas não arbóreas como guaco, alecrim, calêndula, erva-de-bicho, entre muitas outras, podem ser cultivadas na entre linha das espécies arbóreas e geram produtos igualmente muito bem remunerados. E, novamente, por que não explorar estas espécies? O nosso Estado é o maior produtor do Brasil de plantas medicinais cultivadas, sendo que este mercado cresce, na impressionante taxa, de 20% ao ano.
A oportunidade de aumentar receitas e promover a diversificação na propriedade rural existe e é viável. Cabe a nós aproveitarmos todo o potencial produtivo desta Área de Preservação Ambiental.
Fonte: Eng° Agr° Henrique Lopes Moino - Consultor em Florestas e Agroflorestas - agroflorestas.blogspot.com - helmoino@hotmail.com
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